Para
ser considerado orgânico, o alimento deve conter um selo de garantia
emitido por uma empresa certificadora. Esse selo indica que o produto foi
cultivado dentro dos mais rigorosos critérios de controle de qualidade.
Um produto certificado permite identificar a região onde foi produzido,
quais os produtores envolvidos na produção e saber se foram
seguidas as diretrizes internacionais de certificação orgânica.
Normalmente, o custo da certificação é pago pelo próprio
produtor.
Ao optar pelo sistema orgânico, o produtor deve procurar orientação
junto à assistência técnica especializada ou à
própria entidade certificadora. Produto certificado é garantia
de qualidade para o consumidor e garantia de remuneração diferenciada
para o produtor.
A certificação
orgânica é baseada em fatores econômicos, ambientais e
sociais, de acordo com parâmetros regionalizados. As empresas certificadoras
exigem que os produtores cumpram a legislação trabalhista e
ofereçam condições dignas de trabalho. Também
são considerados o relacionamento com empregados, a preservação
do ambiente e o retorno financeiro na comercialização de produtos.
Instituto Biodinâmico:
é o principal certificador brasileiro e o único credenciado
internacionalmente pela Federação Internacional dos Movimentos
de Agricultura Orgânica (Internacional Federation of Organic Agriculture
Movements - IFPOAM) e pelo DAP na Alemanha (entidade que credencia as entidades
certificadoras que operam com o sistema ISO 65).
Associação de Agricultura Orgânica: Com sede em São
Paulo, foi fundada em maio de 1989 por um grupo de engenheiros agrônomos,
produtores, jornalistas e pesquisadores que já praticavam a agricultura
orgânica. Organiza feira do produtor e está começando
a trabalhar com certificação.
Tecnologias:
Características como a coloração do grão e do
hilo, o sabor, o aroma, teor de proteína, tamanho do grão, entre
outras, fazem das cultivares da Embrapa uma das maiores contribuições
da empresa à agricultura orgânica. As cultivares BR 36 e BRS
155 estão entre as mais plantadas e os produtores já começam
a experimentar duas novas cultivares: a BRS 213, de sabor suave, e BRS 216,
de grãos miúdos.
A Embrapa Soja também estuda o comportamento de vários insetos-pragas
para desenvolver alternativas de controle. Uma das mais conhecidas é
o controle da lagarta da soja com o baculovírus, um inseticida natural
elaborado a partir da própria lagarta. Outra praga cujo controle biológico
foi desenvolvido pela Embrapa Soja é o percevejo da soja. Seu inimigo
natural, a vespinha trissolcus basalis é muito eficaz nas regiões
de microbacias.Outra tecnologia da Embrapa muito usada na produção
orgânica é a fixação biológica do nitrogênio,
um processo onde o grão é plantado em perfeita integração
com o solo. A Embrapa Soja trabalha na identificação e seleção
das bactérias mais eficientes para realização desse processo.
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